As taxas impostas pela Gin Act de 1751, a última de 8, implicaram necessariamente um aumento no preço do Gin. Este aumento trouxe no entanto algo de bom. Uma vez que o produto era mais caro, tinha também de oferecer melhor qualidade. O Gin era agora açucarado para corresponder ao gosto do cliente e não para mascarar as suas imperfeições.
Os avanços no processo de destilação foram garantindo espíritos cada vez melhores e de onde os adoçantes foram sendo retirados. Estávamos na época Vitoriana e o lifestyle saudável era a nova tendência. Os dias de glória do Old Tom chegavam ao fim e surgiam os London Dry Gin.
Para este facto contribuiu igualmente a maior secura e neutralidade dos London Drys que assim se mostravam mais aptos à mixologia.
Uma das invenções que marcou este salto qualitativo foi o Alambique de Coluna Fracionada que permitia a destilação contínua, com claros ganhos de eficiência, e retificações cirúrgicas durante o processo de destilação e não apenas no final.
Novos botânicos como a casca dos Citrinos, a semente de Coentro, a raiz de Angélica ou Lirio tornaram-se comuns nas listas de botânicos usadas e trouxeram ao Gin novos aromas mantendo sempre contudo o Zimbro como elemento central. A designação London Dry determina o método de produção e não o local desta. Quer isto dizer que um Gin London Dry pode ser produzido em Londres como em qualquer outra parte do mundo desde que respeite as características que o definem:
. Produzido usando como base álcool neutro obtido pela fermentação de produtos agrícolas (arroz, beterraba, cereais, mosto de uva, maçã, entre outros). O álcool neutro deverá ser tão puro quanto possível, ou seja deverá ser na sua esmagadora maioria etanol, não podendo a quantidade de metanol presente superar os 5 gramas por hectolitro de 100% ABV equivalente
. A aromatização só pode ser feita através da destilação do álcool neutro (etanol) com os diferentes botânicos
. O espírito obtido tem de conter, no mínimo, 70 partes de álcool por 100 destiladas
. A adição de adoçante pós-destilação não pode exceder os 0,1 gramas por litro de Gin (produto final)
. A diluição terá de ser feita exclusivamente com água, não sendo permitida a adição de corantes ou aromatizantes
. O grau alcoólico final terá de ser 37,5 ou superior.